Eu queria te mostrar o meu mundo, a minha casa
Mas não há vagas em meus hotéis
Nem rabiscos em meus papéis pra tu achares que são poesias
Feitas pra ti
Eu queria te mostrar o meu sorriso, a minha alma
Mas não há estrelas no céu da minha boca
Pra tu olhares da janela desse avião
Que jamais saiu do meu hangar
Eu queria te mostrar as minhas visões, os meus sonhos
Mas em meus filmes, eu sempre apareço sozinho
E, em preto-e-branco, nada me faz olhar pra tua cara de decepção
Eu moro na quitinete do meu umbigo
Eu queria te mostrar tantas coisas
Eu queria te dizer tantas coisas
Mas teu capítulo em meu livro é tão grande
Que a capa se foi junto com as páginas que arranquei
Preciso refazer meu prefácio.
— Lucas Silveira
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